No início do ano participei de um treinamento cujo tópico principal era a apresentação de jogos cooperativos. A princípio me pareceu uma bobagem, mas à medida em que as horas iam passando comecei a perceber as diferenças entre os dois tipos de jogos e me propus a adaptar jogos competitivos para tornálos cooperativos.
Dança das cadeiras
Tivemos alguns exemplos como o famoso “dança das cadeiras”. A diferença é que o jogo tradicional é competitivo, à medida em que vamos parando a música, eliminamos um competidor e retiramos outra cadeira.
Ao final haverá apenas um ganhador. Se perguntarmos a esse ganhador o que achou do jogo, com certeza ele dirá que adorou. Mas e quanto aos perdedores? Será que não se sentirão frustrados e injustiçados, principalmente se forem crianças?
Na versão cooperativa vamos tirando as cadeiras mas os participantes têm que acomodar-se num número cada vez menor delas, já que não retiramos ninguém da brincadeira. Eles têm que sentar-se em partes da cadeira, uns em cima dos outros. Todos têm que cooperar (essa é a palavra-chave) para que haja lugar para todos.
Ao final da brincadeira – quando sobrar apenas uma cadeira mas o número de participantes continuar o mesmo do início do jogo – todos responderão que gostaram do jogo e que se divertiram muito.
Jogos cooperativos
Os jogos cooperativos podem ser usados como quebra-gelo ou para predispor a turma para o trabalho em grupo, mostrando que agindo em conjunto obtém-se melhores resultados.
O fato de a maioria dos alunos já conhecerem os jogos “tradicionais” irá reforçar essa noção, se usarmos adaptações de jogos competitivos transformando-os em cooperativos.
No semestre passado tive muito trabalho com 6 classes regulares e 1 aluno VIP, mas o segundo semestre promete ser mais calmo, com menos classes e portanto terei tempo para fazer as adaptações, que publicarei aqui.
De qualquer forma fica aí a sugestão, se você achar a ideia válida poderá usar os mesmos jogos competitivos que já usou mas de forma cooperativa, promovendo o entrosamento dos grupos, o aprofundamento da noção da cooperação como fator de geração de benefícios de forma mais efetiva e eficiente.
Acredito na escola como formador de profissionais, e hoje em dia já está bem claro na cabeça dos dirigentes das empresas o quanto é benéfico ter funcionários que realmente saibam trabalhar em equipe e valorizar o papel de cada indivíduo dentro de um grupo.
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