11 de out. de 2010

Jogo da memória

Ravensburger-Ben-10-Alien-Force-Memory-GameO jogo da memória é outra excelente maneira de envolver os alunos e fazer com que aprendam e memorizem sem perceber que estão “estudando”, podem até te acusar depois de ficar o tempo todo com brincadeiras e não ensinar nada (hahaha).

O bom do jogo é que se você tem várias palavras ou expressões para trabalhar, não há um limite. Você tanto pode criar um jogo com 20 palavras / figuras para um nível básico como montar um super-jogo com 70 palavras para uma revisão antes da prova de uma turma avançada.

A ideia é fazer duas peças de cada palavra, uma com a palavra escrita e outra com a figura.

Embaralhe-as voltadas para baixo e ordene-as em fileiras sobre uma mesa. Cada aluno em sua vez irá virar uma carta e tentar virar depois a outra que “combina”. Quando acerta retira as duas cartas que ficam com ele e joga novamente, virando uma carta.

Quando erra o aluno vira as cartas para baixo de novo e o próximo jogador vira uma carta.

A ideia é que memorizem a posição das cartas, para quando virarem seu par lembrarem-se de onde estava a outra que “combina” com ela.

Fiz esse jogo algumas vezes para praticar lições que tinham muito vocabulário e o resultado foi excelente. Mesmo as palavras que as turmas anteriores (que não usaram o jogo) tinham muita dificuldade para memorizar foram lembradas com facilidade depois por eles.

Voltarei ao assunto novamente, postarei também alguns exemplos e templates para facilitar porque sei que vida de professor é dura e quanto mais pudermos poupar nosso tempo, melhor.

VErmelha bonita

Jogos em classe–Bingo

BingoO bingo é um dos favoritos dos alunos, se bem que os mais jovens precisem de instruções precisas antes de começar a jogar porque o jogo não é tão conhecido entre crianças e adolescentes.

Quando usar

Eu costumo usar bingos quando quero fazer uma revisão de vocabulário diferente ou quando há uma lição muito longa e que os alunos terão dificuldades de memorizar. Você pode usar para fazer um “geralzão” no final do ano ou semestre, antes de uma prova importante.

Como fazer

Se você tem muitos alunos o bingo poderá ser jogado em pares ou trios (se quiser reduzir o número de cartelas e que eles ajudem uns aos outros) ou no caso de classes com alunos muito novos esse recurso de pequenos grupos também poderá ter um resultado melhor que jogado individualmente.

Para preparar as cartelas eu recomendo que você use um site ou programa porque se for fazer manualmente dará um trabalho tremendo e – pior – poderá haver cartelas repetidas, o que prejudicará o resultado do jogo. No bingo as cartelas são individuais, mesmo que contenham exatamente as mesmas palavras ou figuras, elas devem estar em posições diferentes nas cartelas.

Se você é um expert em Excel poderá fazer uma tabela e inserir um grupo de palavras (umas 30 de cada vez) e fazer com que elas troquem de lugar, fiquem “dentro” ou “fora” daquelas cartelas que irá imprimir. Eu não sou expert em Excel e nem quero gastar muito tempo tentando fazer isso mas sei que é possível, baixei uma tabela assim de um site e sempre que vou preparar um bingo (uso-o mais com turmas de inglês avançado e só com palavras, sem figuras) recorro a ele.

Alguns desses programas e sites já tem uns sets de figuras pré-montados, você só tem que clicar naquelas que vai querer nas cartelas. Para encontrar esses sites que fornecem o serviço, digite na busca do Google: “bingo maker”.

Como montar e jogar

Há dois tipos de bingo de vocabulário: com figuras ou com palavras. No de palavras o professor vai lendo definições e os alunos marcam a palavra que corresponde à definição na cartela, é o tipo mais indicado para alunos de nível avançado.

Para alunos de nível básico e intermediário, as cartelas com figuras (apesar de serem mais onerosas) agradam mais e têm melhor resultado. Nesse caso o professor lê a palavra e os alunos marcam a figura correspondente.

Em vez dos tradicionais números, sorteie as definições (impressas em papel pequeno e dobradas dentro de uma caixa) ou as palavras. Aconselho a fazer cada set com no máximo 30 palavras e dar sempre um prêmio, que será anunciado antes. Pode ser uma caneta, um apontador, um estojo. O importante é que haja um prêmio.

Se você tem mais de 30 palavras, divida-as em grupos de 30, cada grupo sendo uma rodada. Para cada rodada você terá que usar cartelas diferentes e definições (palavras) para sorteio diferentes.

O aluno que preencher uma coluna (todas as palavras marcadas) na horizontal, diagonal ou vertical deve gritar “bingo” e se for confirmado que realmente acertou todas, ganhará o prêmio daquela rodada.

Se você não tem muito tempo ou tem umas 40 palavras, faça uma rodada só e depois (sem trocar as cartelas) já faça uma rodada “cartela cheia”, ganha quem marcar todas as palavras da cartela primeiro. Pode acontecer de haver mais um ganhador, dependendo de como foram feitas as cartelas e como foram tiradas (sequência).

Sugestões de uso

Não precisa ser usado apenas para idiomas, pode-se usar para praticamente qualquer coisa: resultados de tabuada, ossos do corpo humano, personagens históricos, países e capitais, acidentes geográficos, símbolos químicos (nesse caso o professor lê o nome do elemento, o aluno marca o símbolo que está na cartela). Praticamente qualquer matéria pode ser revisada.

Também pode-se revisar gramática, o professor lê uma frase e o aluno marca (se tiver) o verbo no tempo correto que completaria a frase. Ou o comparativo correto, e assim por diante.

Vou preparar alguns bingos futuramente e os disponibilizarei aqui. Aceito sugestões.

assinatura coração

10 de out. de 2010

Dominó

Quem trabalha com idiomas sabe da importância de se ajudar o aluno a “ligar o nome à pessoa”. Alguns professores trabalham exclusivamente com tradução, mas a tradução acrescenta um estágio ao entendimento: para acessar a palavra em inglês ou espanhol o aluno liga-a à palavra em português e essa está ligada à figura. Quando ouve a palavra “book” o que se passa na cabeça do aluno condicionado à tradução (se ele aprendeu direito) é o seguinte:

esquema memorização

Se o aluno vir um livro e quiser falar essa palavra em inglês, terá que executar o caminho inverso em seu cérebro. Sempre que conseguimos ligar a palavra no idioma que ensinamos diretamente à imagem, estamos dando um passo à frente para tornar esse aluno fluente e para que domine o idioma. O que se verifica no cérebro do aluno que relaciona a palavra nova diretamente à imagem é um encurtamento do acesso à essa palavra no cérebro, e o esquema de acesso à ela é mais ou menos o que se vê abaixo:

esquema memorização 2

Como se pode imaginar esse “encurtamento” do caminho de acesso à palavra também encurta consideravelmente o tempo, já que para executar essa simples operação, milhões de neurônios são envolvidos em operações complexas.

Uma das formas que podemos utilizar para ajudar o aluno a estabelecer essa relação direta entre a palavra e seu significado, sem ter que passar por sua “língua-mãe” é o dominó.

Para preparar o dominó, usamos 7 palavras e seguimos o mesmo esquema de um domínó tradicional: cada uma deve ser repetida 7 vezes nas 28 peças.

Como fazer

Selecione 7 palavras com conceitos não-abstratos. As que forem mais difíceis (pronúncia ou ortografia) devem ser repetidas 4 vezes em forma escrita e 3 em forma de figura. As outras devem ser divididas 3 vezes em forma escrita e 4 em forma de figura.

Prepare uma “tabela” com 4 X 7 num documento do word (futuramente publicarei alguns templates já prontos), "espiche-a o quanto for necessário para que fiquem 2 dominós deitados em cada linha e abra mais uma página em branco no final. Nessa página coloque as 7 figuras e 7 caixas de texto (coloque sem fundo e sem contorno) com as 7 palavras escritas, correspondentes às 7 figuras.

Selecione 7 figuras que sejam bem representativas do que você vai ensinar ou praticar. Se é um livro, por exemplo, coloque uma figura que só contenha o livro, e de preferência use clipart e não fotos.

Agora clique em cada figura e depois dê Ctrl C e Ctrl V até ter o número que vai usar de cada uma, faça o mesmo com as caixas de texto.

Como montar

Pegue cada figura + a palavra escrita e coloque nas 6 primeiras peças do seu dominó (coloque na peça da esquerda, deixando a direita em branco e na última coloque na mesma pedra a palavra escrita do lado esquerdo e a figura do lado direito). Faça o mesmo com as outras 6 palavras e figuras, distribuindo-as primeiro nas casas que ficaram “vazias” no começo da tabela, depois iniciando outra peça colocando na parte da esquerda, e por último fazendo uma peça com a mesma frase / figura). Faça isso até acabarem as palavras, figuras e peças na tabela.

Como jogar

Divida a classe em 4 grupos, dê a cada grupo o nome de uma cor, flor, dia da semana, mês, estação do ano, etc. Os grupos devem decidir a ordem dos jogadores.

O 4 primeiros jogadores de cada grupo jogam a primeira queda, não podem falar português. Devem referir-se às pedras pelo nome delas em inglês ou espanhol.

As pedras ficam viradas para baixo na mesa, são primeiro misturadas e depois entregues aos jogadores (7 para cada um).

Quem tiver uma peça com a mesma palavra (palavra + figura) dos dois lados inicia, e devem combinar a palavra / figura ou figura / figura ou palavra / palavra da mesma forma como se joga dominó.

Ganha quem terminar as peças primeiro.

Quando o jogador não tem a peça para encaixar de um ou outro lado, passa a vez.

O grupo do ganhador da primeira rodada ganha um ponto e começa-se a próxima rodada. Ganha o grupo que tiver mais pontos no final. Ganham os alunos que aprendem. Ganha o professor que vê seu trabalho sendo recompensado pelo aprendizado e entusiasmo dos alunos.

assinatura vermelha (2)

Variação da dinâmica “quem sou eu”

quem-sou-euEssa dinâmica pode até ser mais engraçada e produtiva que a dinâmica “quem sou eu”, já apresentada aqui. Escolhemos um aluno e pregamos em suas costas (de forma a que ele não possa ver) o nome de uma personalidade bem conhecida de todos.

Todos os alunos terão algum tempo para ver, enquanto o aluno fica de costas para a classe. O aluno senta-se então em uma carteira, na frente da classe, enquanto os grupos (de 4 ou 5 alunos, divisão da qual o aluno que está à frente da classe não participa) combinam frases (em inglês ou espanhol, dependendo do idioma que você ensina) que serão feitas, usando-se adjetivos, profissões, e todas as estruturas já estudadas.

O professor pode fornecer aos grupos uma lista das palavras que poderão ser usadas nas frases. Após o tempo determinado (que poderá variar de 5 a 15 minutos, dependendo do nível da classe) o grupo 1 lê sua primeira frase: “you are a woman” – por exemplo.

Quando o aluno achar que já sabe quem é a personalidade que está representando, arrisca e se acertar o grupo que deu a dica ganhará um ponto.

Escolhe-se então outro aluno e nova formação de grupos. Podem-se estabelecer “prêmios” ao final para o aluno que precisou de menos dicas para acertar, o aluno que criou frases que fizeram com que o aluno acertasse, etc. O importante é que pratiquem as palavras dentro de uma competição, que é o que mais estimula adolescentes e crianças.

assinatura pink

30 de jul. de 2010

Vamos brincar de "stop"?


Quando eu era menina (nem tão menina assim, uns 14 anos mais ou menos) adorava brincar de “stop”. O jogo era mais ou menos assim:

1) Arrancávamos uma folha de caderno e desenhávamos colunas no sentido horizontal e vertical.
2) Decidíamos os tópicos do jogo (carro, filme, livro, país, capital, etc. e na última, total).
3) Na primeira fileira (sentido horizontal) escrevíamos os tópicos aprovados por todos.
4) Contávamos até 3 e cada um dos participantes mostrava os dedos (cada um decidia entre 0 e 5 dedos a serem mostrados).
5) Contávamos quantos dedos apareceram e depois víamos qual a letra correspondente (A é 1, B é 2 e assim por diante).
6) Começávamos a escrever na horizontal, embaixo de cada tópico algo com aquela letra. Por exemplo: se sorteássemos a letra F, carro poderia ser Fusca, filme poderia ser Frankenstein, livro poderia ser Frankenstein também, país França, capital Florianópolis. Quem terminasse de preencher todos os itens com a letra escolhida gritava “stop” e todos teriam que parar de escrever.
7) Aí conferíamos: carro (cada um dizia o carro que havia marcado); filme, livro, e assim por diante.
8) Se só uma pessoa tivesse escrito um determinado item, ganhava 10 pontos por ele; se mais de uma pessoa escrevesse o mesmo item cada um ganhava 5 pontos; se estivesse em branco ou o item não fosse aceito pelo grupo (se colocasse França como capital, por exemplo) a pontuação era igual a zero.
9) Cada um somava os pontos que havia conseguido e marcava sob “total”.
10) Jogávamos durante o recreio, intervalo ou aula vaga. Quando cansávamos, esgotávamos nosso repertório ou acabava-se o tempo que tínhamos, contávamos os pontos e quem fizesse mais pontos era o vencedor.

Agora como professora, imagino que os adolescentes também gostariam desse jogo e que poderíamos tirar partido disso para ensinar e praticar o que foi ensinado. Cada professor pode usar sua criatividade e adaptar o jogo aos seus interesses e de quebra vou publicar algumas sugestões aqui no blog, que podem ser usadas como estão, adaptadas ou simplesmente servir de inspiração para que cada professor crie seus próprios tópicos (o que quer praticar).

Como sou professora de inglês, vai a primeira sugestão com 7 tópicos para trabalhar vocabulário:
fruit, color, country, classroom, house (furniture or room), food, object

Naturalmente que as palavras têm que ser escritas em inglês e não pode haver erros de ortografia. Ao corrigir, cada aluno deve dizer a palavra com a pronúncia correta. A pontuação será a seguinte:

0 – sem fazer ou não aceito como correto
5 - o mesmo de outro colega
10 – único a escrever a palavra

Para valerem os pontos o aluno tem que dizer a palavra corretamente ou o item será anulado e a pontuação será 0.

Quando o primeiro aluno do grupo terminar (faça com grupos de 4 ou 5 crianças) deverá gritar “stop”. Se alguém continuar escrevendo, todos os itens que escreveu serão anulados e sua pontuação na rodada será igual a zero. O mesmo se alguém gritar “stop” sem ter preenchido todos os espaços.

No caso de ninguém consiga lembrar uma palavra para determinado tópico com a letra que foi escolhida o professor deve dizer “stop” e começar a correção.

Os ganhadores de cada grupo (caso haja muitos grupos) deverão disputar uma “negra” para haver apenas um campeão na classe. Recomendo que leve algum “mimo” para premiá-lo.

Dependendo do tempo disponível pode-se determinar o número de rodadas para o “primeiro turno” e a “negra” entre os vencedores de cada grupo.

Para facilitar fiz um alfabeto que disponibilizo aqui para download (caso queira fazer da mesma forma) e também a grid com os meus tópicos. Você pode imprimir um para cada aluno ou preparar o seu, usando o meu como exemplo.

Para fazer o download clique nos links abaixo:



Zailda Coirano
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19 de jul. de 2010

Novidades de julho

Julho será o mês de muitas mudanças no blog. Além de modificar as categorias para tornar mais fácil a busca pelo que você precisa, estou adicionando novas "ferramentas" ao blog.

Já no painel lateral

Lista de seguidores (clique em "seguir" para receber as atualizações via twitter, email ou no painel do blogger), informativo mensal (clique para cadastrar-se e receber também), enquete, ajuda online, contato direto por email.

Além dos formulários no rodapé do blog adicionei essa enquete resumida e com poucas perguntas para ter uma ideia das necessidades dos leitores. Quanto mais eu souber, melhor poderei ajudar.

Julho ainda não terminou, portanto aguarde novidades até o final do mês!

10 de jun. de 2010

Usando falsos cognatos (falsos amigos) - espanhol

Essa ideia foi sugerida pela colega professora de espanhol da escola onde trabalho. Muitos alunos pensam que espanhol é igual português, então no primeiro dia de aula dizemos a eles:

- Você já têm uma noção de espanhol?

Alguns dizem que entendem bem, mas não falam.

- Ótimo, então vamos testar o conhecimento de espanhol de vocês. Para facilitar vamos dividir a classe em dois grupos e promover uma disputa. O grupo que acertar mais palavras ganha um prêmio.

Entregamos então uma folha para cada grupo. Damos a eles alguns minutos (dependendo do tanto de palavras em cada folha e depois conferimos. O grupo que acertar mais, ganha um brinde (que pode ser um bis para cada um, para os perdedores uma balinha de hortelã estará ótimo).

A lista é mais ou menos assim (você pode usar outros falsos cognatos, se preferir, ou se eles farão parte de seu curso):

taller
a) oficina
b) talher
c) peça de roupa feminina, semelhante ao terno
oficina
a) oficina
b) escritório
c) escrivaninha
escritorio
a) escritório
b) oficina
c) escrivaninha
cubierto
a) coberta
b) área coberta no exterior da casa
c) conjunto de talheres
manta
a) manta
b) mantilha
c) cobertor
pimpollo
a) criança
b) botão de flor
c) ursinho de pelúcia
oso
a) orla
b) urso
c) osso
alumno
a) aluno
b) alumínio
c) brilhante como alumínio
todavía
a) todavia
b) ainda
c) todas as vias
a menudo
a) em forma de menino
b) da banda menudo
c) frequentemente
crianza
a) crença
b) criação
c) criança
despacio
a) espaço
b) rápido
c) devagar
calzada
a) com sapatos
b) calçada
c) parte asfaltada da rua

As respostas:

taller - oficina
oficina - escritório
escritorio - escrivaninha
cubierto - conjunto de talheres
manta - cobertor
pimpollo - botão de rosa
oso - urso
alumno - aluno
todavía - ainda
a menudo - frequentemente
crianza - criação
despacio - devagar
calzada - (Espanha) parte asfaltada da rua

Incluí alumno (que não é um falso cognato) mas sempre que vou ensinar essa palavra, vários alunos acham que é "alumínio", então incluí "só para complicar".

Se precisar de mais algumas sugestões, estou às ordens, basta pedir por comentário ou pelo formulário de contato do blog.

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9 de jun. de 2010

A função do baralho no jogo com baralhos

Alguns leitores me perguntam qual a função do baralho no jogo com cartas, já que as perguntas estão nas fichas. O baralho tem duas funções:

- dar um clima de "jogo", se fizéssemos as perguntas das cartelas simplesmente não teria tanta graça.

- como cada cartela corresponde a uma carta, à medida em que os alunos tiram as cartas respondem à pergunta correspondente. Se o aluno tira uma dama de paus, responde à pergunta que nas cartelas corresponde à dama de paus. Como as perguntas são diferentes e têm diferentes níveis de dificuldade, a "sorte" do aluno tirando esta ou aquela carta, e mais o conhecimento dele, é que irão determinar se irá ou não responder à pergunta corretamente, então além do conhecimento adiciona-se o fator "sorte", que irá despertar o interesse dos alunos.

Fazer perguntas para checar o conhecimento dos alunos é a nossa única intenção, mas adicionando-se as cartas eles permanecem interessados e empolgados até o final.
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Problemas de matemática

Com os "famosos" problemas de matemática os alunos têm um "problema" a mais: além da dificuldade de resolver o problema matemático, eles precisam entender o enunciado. Quando mais "familiar" for o enunciado, mais fácil entender.

A proposta é que ao preparar os problemas, coloque nomes de pessoas que eles conheçam: a servente da escola, a professora de geografia, a diretora da escola. Tente criar situações engraçadas ou use situações reais para fazer seu enunciado.

Dei aulas para uma turma de adultos na segunda série do primeiro grau, e ao preparar os enunciados eu sempre usava o que ouvia "por acaso" nas conversas durante os intervalos ou mesmo enquanto faziam algum trabalho em grupo e eu ficava passeando entre as carteiras.

Eu sabia que uma das alunas tinha uma mãe muito brava e sempre a colocava de castigo. Um dos problemas era mais ou menos assim:

Dona Adélia (mãe da aluna) deixou Alice (aluna) de castigo porque a encontrou assitindo TV na hora de fazer a tarefa de matemática. Ela a colocou de castigo por 30 dias sem TV e sem sair de casa à noite. Alice ficou desesperada. Ficou de castigo por 18 dias mas depois não suportou mais e pediu ao pai que fizesse alguma coisa. O pai dela conversou com a esposa que concordou em liberá-la, mas teria que ficar ainda mais 3 dias.

Quantos dias ela ficou de castigo?
Quantos dias foram perdoados do castigo?
Se Dona Adélia pegasse Alice vendo TV na hora da tarefa de matemática e desse mais 30 dias de castigo, anulando o perdão, quantos dias mais ela ficaria de castigo?

Pedi à um aluno que lesse o enunciado e foram só gargalhadas. A aluna sentiu-se muito valorizada e todos conseguiram entender o enunciado e fazer as contas direitinho.

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Entrevista para alunos de nível avançado

A leitora Luciana quer saber se a dinâmica Entrevista também pode ser usada com alunos de nível avançado. Sim, a mesma pode ser usada em todos os níveis, apenas para alunos iniciantes ou de nível básico usamos o velho e bom português, para alunos de nível intermediário ou avançado as fichas, entrevista e toda a brincadeira serão feitos em inglês, dentro do vocabulário e gramática que conhecem. Podemos inclusive usar a entrevista para fazer uma revisão básica do vocabulário do livro anterior.

A dinâmica também pode ser usada com alunos de espanhol, naturalmente passaremos tudo para o espanhol, respeitando o nível de aprendizado de cada classe.

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4 de fev. de 2010

Entrevista

No primeiro dia de aula sempre procuro saber os dados pessoais dos alunos: o que fazem, o que gostam, o que não gostam. Em vez de passar uma ficha para que preencham seus dados, principalmente em classes de iniciantes onde ninguém se conhece, procuro fazer diferente.

Em primeiro lugar preparo uma fichinha bem bonitinha para ser preenchida com todos os dados do aluno: idade, telefone, email, esporte favorito, música, filme que mais gostou, livros que leu e gostou, se tem irmãos, nomes dos pais, etc. Incluo tudo o que gostaria de saber e que irã me ajudar na hora de preparar uma aula "customizada".

Logo no início da primeira aula, depois que me apresento e digo como será o semestre, regras, etc, digo a eles que eles irão entrevistar alguém. Dou a cada um uma ficha e digo que devem fazer aquelas perguntas a alguém até preencher todos os dados. Peço também que anotem o nome do aluno que entrevistaram.

Digo também que terão alguns minutos apenas (8, 10, conforme o número de alunos) e que poderão escolher quem querem entrevistar, mas que cada aluno só poderá ser entrevistado uma vez (se o que escolheram já foi entrevistado terão que escolher outro) e que todos devem ser entrevistados.

A classe fica numa bagunça total durante os minutos da entrevista, quando o tempo termina eu apito ou toco uma sineta. Voltam todos a seus lugares, então eu pergunto a um aluno quem ele entrevistou. Ele diz o nome do aluno e o aponta, então eu pergunto: como é o nome da mãe dele?

E vou assim, perguntando a cada um quem ele entrevistou e fazendo uma das perguntas. Quando eu tiver feito todas as perguntas (não sobre todos os alunos, uma pergunta sobre cada aluno) eu encerro e recolho as fichinhas, que ficam comigo o ano todo e vou acrescentando mais dados, à medida que vão sendo informados ou que sofrem mudanças.

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Ignorado

Essa dinâmica serve para introduzir o tema "respeito" e também para prevenir casos de bullying. Se você acha que tem ou pode ter casos assim em classe, escolha um dia no meio da aula e peça a um aluno falante e popular que vá buscar alguma coisa na secretaria ou um copo dágua para você.

Assim que ele sair, combine com os outros de que deverão ignorá-lo solenemente assim que voltar. Devem fazer de conta que ele não está ali, não responder a nada do que falar ou perguntar. 

Conduza a aula por alguns minutos dessa maneira, até que ele sinta o que está acontecendo. Normalmente o aluno se fecha, emburrado ou pensativo. Nesse momento, revele a brincadeira.

Pergunte a ele como se sentiu, o que pensou. Faça tudo de forma alegre, rindo e brincando para não "pesar'. Depois que ele partilhar sua experiência com os demais, pergunte a ele se foi uma experiência boa sentir-se ignorado por alguns minutos. Depois indague como se sentiria se sua opinião sempre fosse ignorada, se sempre fosse dessa maneira.

Já fiz essa dinâmica em classes onde havia uma "panelinha dominante" que ignorava alguns alunos e a partir daí o comportamento deles mudou sensivelmente. Colocar-se no lugar do outro às vezes resolve.

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13 de jan. de 2010

Jogo para praticar o Past Simple


Material: algumas folhas de cartolina cortadas em pedaços no formato de uma folha A4 cortada ao meio; canetas coloridas. Escrever verbos (regulares e irregulares) em um tamanho que os alunos possam ler.

Preparação: colocar os alunos sentados em círculo (na carteira ou no chão mesmo).

Como jogar: coloque todos os pedaços de cartolina cortados na mesa, retire o primeiro e mostre à classe. Suponhamos que seja o verbo "to go". Diga então: "Yesterday I went shopping... Aponte o primeiro aluno, pegue o segundo cartão, suponhamos que seja "to buy". Ele deverá dizer: "Yesterday I went shopping and bought a ball...". Retire o próximo cartão, suponhamos que seja "to eat", o aluno na sequência deverá dizer: "I went shopping, bought a ball and ate a hamburger..."

O aluno que errar ou esquecer sai da roda, coloque todos os cartões de volta, embaralhe, retire um e recomece do aluno seguinte ao que errou. Vá jogando até sobrar apenas um aluno, ou acabarem os cartões, ou acabar o seu tempo.

Para a primeira rodada, para os alunos não terem muita dificuldade, coloque os verbos numa sequência lógica: ir, comprar, comer, beber, descansar, etc. Da segunda rodada em diante é cada um por si, já que você irá embaralhar as cartas.

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7 de jan. de 2010

Volta às aulas

Já publiquei aqui uma variação dessa brincadeira, mas agora vai a brincadeira original. Pode ser usado por qualquer professor, de qualquer matéria. Para professores de inglês ou espanhol pode ser ainda mais interessante, para ser usado com alunos de nível intermediário ou avançado.

Leve uma caixa grande de papelão com vários objetos, quanto mais melhor. No primeiro dia de aula, diga aos alunos que eles terão que contar como foram suas férias em 3 minutos. Peça a um aluno para marcar o tempo e escolha alguém para começar. Explique que ao mostrar um objeto, o aluno terá que inserí-lo em sua história de forma lógica, dizendo o nome dele.

À medida em que o aluno vai contando sua história, você retira um objeto de dentro da caixa, mostrando-o ao aluno e toda a classe. O aluno tem que continuar sua história, colocando-o nela. Por exemplo, ele está dizendo que foi à praia, você mostra uma tesoura, o aluno diz: ...mas antes de ir à praia precisei de uma tesoura para cortar minhas unhas, que estavam muito grandes. E assim por diante.

Cada aluno irá falar por 3 minutos, mostre 3 ou 4 objetos para cada um. Quando todos tiverem contado suas férias (e eles irão se divertir muito com isso) você pede para a classe votar na história mais interessante, em quem se saiu melhor contando-a, etc.

Essa brincadeira é uma forma divertida de todos contarem sobre suas férias e também torna o clima alegre e daí por diante será mais fácil iniciar a aula propriamente dita.

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